Pesquisar este blog

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

   Como sempre ela deixava o pensamento correr a vastidão da imaginacão. Deixando-se preencher pela imensidão dos sentimentos vazios. Cheia de nada.
  
   Sentia-se fraca, forte. Sempre dividida entre seus próprios sentimentos e pensamentos e concelhos da mãe.
  
   Lívia, leve, linda vivia sempre tão pesada. A mãe lhe  servia de âncora, a impedia de deitar nas nuvens, mas, dentro de si, sempre aceitava a carona dos carros mágicos que transitavam entre o céu da boca e o estômago. Suas inquietações gritavam dentro de si e impossível seria àquela âncora calar-lhe a alma, mesmo que conseguisse manter seus pés no chão.
  
   Lívia andava feliz, conversou com o namorado, se banhou, pintou a face e saiu para se deixar tomar por uma graça que não era a sua. Via em cada parede o seu retrato. Ela está interessada, mas não adianta, ela não acredita. Seu coração não mais existe, mas ela está feliz, confusa, mas ela está feliz. Sentada no banco viajando tranquila com seu amor. Tudo lhe deixava sem mais uma peça do quebra cabeça da vida e, mesmo perdida, ela estava feliz.